Descubra o que são as insurtechs e quais as suas inovações para o consumidor

Como consumidor, você já reparou que o mercado de seguros está muito mais moderno e dinâmico? Entre outros fatores responsáveis por essa verdadeira transformação, existe um, em especial: a chegada das chamadas insurtechs.

Essa presença faz com que a experiência do cliente com os mais variados tipos de seguro seja realmente única e plenamente agradável. Trata-se daquela mudança que é sempre bem-vinda, principalmente em um ramo que, há pouco tempo, ainda era dominado por processos burocráticos e antiquados.

Curioso para saber o que são essas insurtechs e por que elas mudaram totalmente a relação entre seguradoras e segurados? A gente conta na sequência!

O que são as insurtechs?

Para entender melhor, comecemos pela explicação do termo em si. Repare que, na verdade, a palavra insurtech deriva de duas outras palavras inglesas: insurance e technology — que, em português, significam seguro e tecnologia, respectivamente.

Na prática, insurtechs são startups que, por meio das mais diversificadas e eficazes ferramentas tecnológicas, revolucionam o setor de seguros. De modo resumido, o resultado se traduz em um modelo de negócio muito mais conectado com as necessidades e expectativas das pessoas.

Tudo isso acontece porque as insurtechs entendem como ninguém o contexto recente do mundo, calcado em uma profunda transformação digital. Munidas de todos os recursos necessários, elas promovem uma série de inovações, com as quais estamos cada vez mais familiarizados.

Quais as suas inovações para o mercado?

Antes de qualquer coisa, queremos relembrar que o conceito de inovação está constantemente envolvido por tecnologia, mas não se limita ao uso dela. Isso porque o ato de inovar, em si, remete à cultura de aperfeiçoar processos, produtos ou serviços que já existem.

Nesse sentido, as insurtechs trouxeram um conjunto de mudanças de alto impacto, devido ao elevado investimento feito em infraestrutura digital, inteligência artificial e em tratamento de dados. Assim, o que se vê é um setor de seguros:

• mantido totalmente em ambiente online;
• muito mais ágil e dinâmico;
• com coberturas e produtos diferenciados, como o seguro sob demanda;
• acessível a um maior número de pessoas.

Quais seus benefícios e aplicações?

Até aqui, você já sabe que os seguros deixaram de ser algo caro, complicado e, muitas vezes, inutilizável para se tornarem o oposto de tudo isso. Agora, vamos falar um pouco sobre os benefícios dessa mudança.

Atendimento personalizado

Com uma estrutura digital adequada e disponível tanto na web quanto nos dispositivos móveis, as insurtechs prestam um atendimento completo aos seus clientes. Mais do que isso, elas conseguem personalizar a experiência, pois têm um entendimento muito melhor quanto às dores e às expectativas de diferentes consumidores.

Ao contrário do que parece, isso não é mágica, e, sim, fruto de uma base tecnológica robusta, capaz de enxugar processos ou eliminar etapas repetitivas e desnecessárias. Desse modo, o usuário flui tranquilamente pelo sistema até que seu caso seja solucionado após poucos passos.

Como nem a melhor tecnologia do universo serve para alguma coisa sem a presença de pessoas, elas também exercem papel determinante na qualidade de cada interação com clientes.

Essa fluidez se dá pela disponibilidade de mecanismos rápidos e efetivos de uma ponta à outra. Em outras palavras, tanto clientes quanto colaboradores são beneficiados pelo modelo das insurtechs, embasado no que há de melhor em termos de soluções tecnológicas disponíveis na palma da mão.

Personalização de seguros

Outro ponto que chama bastante a atenção nessa guinada impulsionada pelas insurtechs se refere à análise e ciência de dados. A partir das informações obtidas, foi possível constatar quais eram as queixas das pessoas que contratavam seguros nas mais diferentes situações.

Na hora de viajar, por exemplo, era necessário preencher formulários quase sem fim ou ligar para a seguradora. Além do tempo consumido, lá na frente poderia surgir algum detalhe, o qual seria resolvido com antecedência, se a informação estivesse clara.

Em uma insurtech, você se livra desses transtornos e ainda tem a liberdade de ativar seu seguro de acidentes pessoais após poucos cliques no smartphone. Na volta, basta desativá-lo. Além disso, a cobrança se baseia nas características da viagem, como o nível de risco e o tempo de permanência no local.

Traduzindo: o cálculo do seguro de uma insurtech varia de acordo com o destino e o tempo. É o tipo de coisa que nos leva a pensar “por que ninguém pensou nisso antes?” Agora, pensaram e realizaram. Trata-se de um método muito mais funcional e sintonizado com o atual dinamismo de nossas vidas.

Automação de processos

Do manuseio de políticas ao processamento de sinistros, tudo é concretizado em ambiente digital e seguro. Na prática, toda a coleta e gerenciamento de dados é automática e instantânea. Entre outras coisas, isso significa que, depois de planejar a viagem em família, o cálculo do seguro é feito na hora, de acordo com a análise da precificação do mercado.

Aumento das taxas de retenção de clientes

De fato, as insurtechs conseguiram uma façanha que parecia impossível: simplificar os procedimentos de contratação de um seguro ou de uma assistência auto, por exemplo.

No fundo, as pessoas sempre quiseram se proteger contra imprevistos. Elas só não viam sentido no método tradicional, que era confuso e obsoleto. Alinhada ao ritmo de expansão do mundo digital, as insurtechs provaram que, com tecnologia e ideias inovadoras, é possível converter o seguro em algo atrativo.

Consequentemente, mais pessoas começaram a conhecer essa nova maneira de adquirir coberturas para as mais diferentes situações. Satisfeitas com a nova experiência, não há razão para voltar ao modelo convencional. Isso se reflete na taxa de fidelização de clientes.

Qual é o papel do sandbox regulatório nesse mercado?

Em TI (Tecnologia da Informação), sandbox nada mais é do que um ambiente seguro, destinado à realização de testes de execução de arquivos ou programas. Uma vez que ele é isolado, não existe o risco de que os mecanismos ou códigos usados afetem o restante do sistema.

Nessa linha de raciocínio, a Susep (Superintendência de Seguros Privados), que regulamenta e fiscaliza o ramo de seguros no Brasil, criou uma sandbox dedicada à inovação dos seguros. Nela, algumas startups aplicam novas tecnologias, a fim de verificar quais ajustes ainda precisam ser efetuados.

É justamente no Sandbox Regulatório que as insurtechs desenvolvem e aprimoram os serviços, produtos e funcionalidades que vemos na sua forma de operar o mercado de seguros.

Depois de passar por tantas informações e chegar até aqui, de uma coisa todos nós temos certeza: as insurtechs vieram para ficar. O caso é o mesmo das fintechs, que mudaram totalmente a forma de guardar dinheiro e investir. Mais uma vez, a cultura da inovação se apresenta como grande guia de uma série de transformações que, ao que parece, está apenas no início.

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